quinta-feira, 13 de junho de 2013

30 anos e 4 dias

Hoje eu resolvi escrever, escrever o que não consigo falar, o que não consigo mais sentir, escrever para quem não mais quer me ouvir.
Há nove anos resolvi mudar minha vida, voltei para o cursinho e ali fiz novos amigos. Alguns ficaram ali em 2004, outros, não passaram de 2005, mas... até 2011 (sobre)viveu algo que ali morrera, se é que algum dia ele existiu.
Do dia para a noite, sete anos de amizade virara tesão, paixão, frustração (pra mim). O beijo mais delicioso, a pegada mais empolgante, o sexo mais frustrante (pra mim). E do dia pra noite, aquele que enxugara minhas lágrimas de outrora, era o motivo das lágrimas daquele instante. Lágrimas essas que nunca mais cessaram!
Palavras mal ditas no calor do ódio, rancor, frustração. Palavras bem ditas – se o objetivo era espantar de vez o homem o qual amara por “alguns dias”. As mensagens de anos foram apagadas, os telefones, os contatos. Mas... e as lembranças? Ah, as lembranças... Que apagará estas (mal/bem)ditas lembranças?!?!?
Não sei dizer qual foi o sentimento que ficou. Bom, ruim... não sei. Não sei se essa saudade sufocante é boa ou ruim. Não sei se a saudade é do amigo, das cervejas tomadas numa calçada de posto, do cinema no sábado a noite, ou se é daqueles beijos enlouquecedores... Eu não sei! Ou sei?
Só sei que não quero passar o resto da minha vida sem aqueles beijos, sem aquele abraço, sem aquela voz. Sei que o amava, como amigo ou como homem... eu o amava! Sei que queria voltar no tempo e perder aquela ansiedade, fazer tudo direitinho, para tê-lo aqui pertinho, como amigo, ou amante... queria ela de volta.. Ela sim: a felicidade!

Não sei mais o que fazer para esquecer. Ir falar eu já fui. Ir atrás, eu já fui. Ele não que mais a minha amizade, ele não quer mais meu amor. Ele já tem os dele... E assim, “sigo” minha vida, cantando meus caquinhos diariamente, ate quando? Eu não sei...

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