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terça-feira, 31 de julho de 2012

Era tudo tão simples antes de você.

Por Denise Lopes


Mas um belo dia você chegou meio sorrateiro, como quem não quer nada e foi ocupando o lugar, ganhando território, primeiro com um sorriso, depois com um beijo, e até com o jeito de falar, quando dei por mim você já tinha ocupado mais que um espaço pequeno em meus pensamentos...

Havia ocupado uma porção imensurável de mim e com seu jeito malandro, foi conquistando territórios que nem mesmo o maior dos exércitos na mais duradoura batalha conseguiria conquistar. 
Minha alma reconhecia a sua, seus trejeitos, sua escrita, seu cheiro, e até mesmo seu jeito de me enganar, e quando assumi que havia perdido a batalha, perdido a guerra, e quando levantei a bandeira brancae me entreguei, você, como um grande guerreiro, conquistador de territórios desbravados, se foi.

E era assim, e foi assim com o passar dos dias, das semanas, dos meses, dos anos que fui reconhecendo e confirmando cada vez mais seu jeito de jogar, suas táticas de guerrilha e suas artimanhas para me conquistar, toda vez que percebia que poderia me perder você voltava do jeito mais sedutor possível, falava tudo que eu queria ouvir, me conquistava só para mostrar quem estava no comando e como num Déjá vu infinito partia novamente...

E eu por um tempo acreditava em suas promessas, nas palavras lançadas, que prometiam um futuro lindo, mas que nunca iria chegar, como um viciado em desintoxicação por um curto período ficava com raiva, e por vezes chegava a te odiar, e às vezes me questionava se era prazer o que você sentia, todas as vezes que partia meu coração, talvez não, talvez nem soubesse que era assim que eu sentia, e que ainda sinto.

Mas você voltava, e usava as mesmas palavras doces de sempre e as mesmas promessas e eu mais uma vez me enganava, me rendia a você, com todo os meus sonhos, meu coração e a minha alma...,

E eu me perguntava, por que continua a quebrar meu coração?











sábado, 7 de julho de 2012

E quando amar cansa?

Por Denise Lopes


É, acho que ando assim, cansada de amores impossíveis, amores improváveis, inventados...
Estes dias estava pensando, existem tantas ditaduras, a da magreza, a da beleza, a digital, e diria que a do amor... afinal ele está em todo lugar, até mesmo nos comerciais de margarina não é mesmo?

Todo mundo ama o tempo todo, ama o próximo, ama o amigo, a mãe, o pai, o filho, o namorado, o marido, a vida, o céu, a natureza, poxa, mas será? Que questionamento, enlouquecedor, não sei, as vezes fugir a esta regra pode significar que você não seja tão condicionado assim. De verdade? Este amor cristão anda me cansando ultimamente, não que não ame aos meus próximos e todas as causas belas da vida, mas talvez não faça mais disso minha prioridade sabe...

Devem estar pensando: coitada, se desiludiu foi isso... não, não é isso!
Não foi desilusão, nem falta de paixão, nem falta de amor, pelo contrário, só não acredito mais na fórmula perfeita de felicidade, não acredito na felicidade enlatada dos comerciais de TV e das comédias românticas, não acho que esse tal de amor que alguns dizem intangível, possa ser assim tão presente...

Ou vai me dizer que as vezes você não acorda assim também? Achando que é só mais um dia comum, como outro qualquer? Ou que quando seu chefe não reconhece seu trabalho, ou quando você perde o ônibus, justo naquele dia em que você está atrasado, e ainda por cima pega trânsito no caminho, você está repleto de amor?
Não é possível gente que ama o tempo todo, que está feliz o tempo todo, isso não existe! Sendo bem sincera odeio essa felicidade de fachada, acho até que ela me irrita...

Por muito tempo acreditei que viveria um amor desses de cinema com final feliz, mas talvez um pouco de lucidez, e mesmo uma dose de realidade resolveram me visitar e me dei conta que é bem improvável viver algo assim, afinal a vida real é bem diferente disso, você pode dormir com o príncipe encantado ao seu lado, mas não se engane pela manhã ele terá mau – hálito, e a panicat aquela gostosona da TV, vai me dizer que você acha mesmo que ela é perfeita, que acredita que ela não tem TPM?

Todos somos humanos e cometemos erros, e temos defeitos, e qualidades... todos acordamos vez ou outra mal-humorados, decepcionados, mesmo sem motivo algum para tristeza... afinal não é possível ser feliz o tempo todo...

Pensando bem dever ser a crise dos 27! Putz! Esqueci de acordo com o “show de Truman” só existe a crise dos 30, dos 40, de meia idade.... ah mas me desculpe o mundo midiático, eu tenho crise, não uma para cada década, e sim uma para cada dia, no mínimo, tem dias até que acordo amando mais e sem motivo algum, mas sabe é que ultimamente o amor... bem, o amor me cansa!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Devaneios de Denise


Havia recebido o convite aquele que tanto esperava, aquele  que a fazia perder o fôlego só de imaginar, mas por diversos fatores, relutou em atender, o convite foi feito, da forma costumeira e sorrateira, em meio a brincadeiras e propostas quase indecentes (sim pois é indecência provocar um coração apaixonado!)
Como sempre, ficou em dúvida. Fazia algum tempo após os últimos acontecimentos, as mágoas já estavam adormecidas, haviam sido superadas pelas boas lembranças,  ou até mesmo por aquele desejo que as vezes a tomava de súbito. Contudo, uma pontinha de raiva ainda permanecia, não aquela prejudicial que de início lhe tirava o sono, o sossego, a sanidade... o que permanecia era uma espécie de insegurança e orgulho ferido.
Mas algo ainda estava lá, escondido,  como uma ideia persistente que a enlouquecia,  algo que queria vir à tona, se mostrar de novo...  que a incomodava e muitos vezes a fazia admitir que superaria todo o resto... e que poderia passar por cima de tudo pelo simples e ardente desejo de existir...
Mesmo assim o papel de heroína ou de mocinha, aquele das comédias românticas, não lhe caia bem, embora fosse assim que fantasiava tudo na maior parte do tempo, era forte e determinada, conseguia pontuar bem aonde aquela história daria, talvez em lugar algum, era difícil prever, e decidiu ser forte, aceitar o convite romper as barreiras sociais que a prendiam...
Decidiu que sim, iria, estava convicta enfrentaria a tudo,  não pelos sentimentos sufocados que a enlouquecia, mas antes por um desejo puro e simples, aquele de ser mulher... dona de sua própria vontade, e convicta de seus desejos...
Mas como em uma comédia romântica, daquelas a que estava habituada a ver na tv , viu que não daria tempo para os preparativos que um encontro daqueles exigia...  mais um dos dilemas femininos, sempre pontuados ou salvos, por coisas que até pareceriam insignificantes como a unha por fazer, o cabelo pra cortar... enfim, tudo certo na hora errada, ou tudo errado na hora certa!




segunda-feira, 14 de maio de 2012

Sobre amores e ilusões...


De repente era como se sentisse o peso do mundo em suas costas.
De um dia feliz à uma noite triste e semanas de tormenta, foi tudo tão rápido como num piscar de olhos, justo ela que sempre preferia a verdade, agora sentia que era melhor ter acreditado em ilusões, em promessas falsas.
Sabia que mentir era fácil, as vezes preferia os caminhos fáceis, mas estava determinada a saber a verdade, por mais dor que ela a causasse, mas isso foi antes, antes da solidão, antes da noite em prantos, antes de ver seus sonhos se esvaindo, antes de desacreditar no amor...
Há quem diga que o tempo cure, há quem diga que tudo volta ao normal um dia, mas como a vida seria normal novamente, se o normal não existia mais desde que o conhecerá...
Pelo menos a dúvida acabou, a verdade apareceu.
Mas e agora?
Ela voltaria a sonhar?
Voltaria a ver as cores da vida?
Voltaria a acreditar no amor?


domingo, 13 de maio de 2012

Dia das Mães

Eita teminho difícil de falar hein! Como falar do sentimento de mãe, sem ser mãe? Como compartilhar de meus sentimentos com vocês sem conhecimento de causa desse amor incondicional? É, ja que não tem como falar como mãe, eu falo como filha, como amiga, e como professora (mãe de tantos por alguns minutos do dia).
Começo falando das minhas revoltas então, porque minha terapeuta fala que sou revoltada. Não acho isso ruim, eu gosto de ser assim! E quais são as minhas revoltas? A primeira de todas é em relação àquela mulher que coloca um filho no mundo pelo simples fato de achar que assim terá o pai dele pra sempre por perto, e quando o sentimento entre os dois acaba, fica o filho esquecido. Mas gente, como pode uma mulher "gastar" seus sentimentos dessa maneira e não alcançar a plenitude do mais puro dos sentimentos: o amor de mãe? É, são coisas que eu nunca entenderei.
A outra, ainda se encaixa nesses quesitos, só que dessa vez, é da mãe inconsequente, da mãe baladeira, e que culpa os filhos pelo "fim de sua vida". A mãe que só quer as partes boas, e não consegue dar valor às partes ruins, saem para as baladas e reclamam ao terem que voltar porque os filhos a chamam. Como pode? Como conseguem se afastar de seus filhos por um segundo sequer?!? É, são coisas que eu nunca entenderei.

E agora, como falar das coisas que me emocionam? Se eu conseguir escrever, espero sair um texto bom, pois me emociono de verdade ao falar de mãe.
Quando saí de casa para estudar entendi o significado da frase "ser mãe é padecer no paraíso". Eu na minha felicidade egoísta da conquista do vestibular, esqueci de me olhar pro lado e ver a dor da minha mãe em ter que deixar uma de suas crias sair debaixo de suas asas. Na euforia eu não consegui interpretar aquela ruga em suas sobrancelhas, não consegui entender aquele sorriso amarelo, e aquela voz no telefone daquele "parabéns" mucho. É, só então eu pude entender que ela estava feliz pela minha conquista, mas estava padecendo, sua dor e medo eram enormes, mas nada se comparou ao dia em que ela me deixara em Assis. Me fingir de feliz e não cair em prantos ao vê-la sair naquele carro num quase desespero me cortou o coração, a alma, e a vontade de largar tudo foi imensa. Mas o que me fez ter forças, foi o fato de pensar que ali estaria o meu futuro, e assim ser o orgulho da mamãe. Talvez é assim que conseguimos começar a entender esse sentimento, o sentimento de querer só trazer felicidades para a sua mãe.

Porque ser mãe não é só alegria. Ser mãe é ser guerreira, é dar exemplos, mesmo que você nao seja um exemplo. É amar com ternura, e ensinar com firmeza. É saber ser mole, mimar, paparicar, e ao mesmo tempo ser dura, dar broncas e dizer não, por mais que isso doa, como a dor de mil facas entrando no seu peito. Pois a difícil arte de educar e preparar um filho para o mundo,acredito que seja o maior desafio da vida de uma mulher, uma mãe, uma guerreira.
Ser mãe é ter as frases prontas: "leva um casaquinho", "eu não sou sua empregada", "não esquece atrás das orelhas",  "só experimenta um pedacinho", "eu não te falei?", "127 ligações perdidas", "só quero o seu bem", "o que foi que você disse?", "na minha época"... 
Ser a minha mãe é "esquentar água no frio pra eu escovar os dentes e lavar o rosto de manhã", é falar que não precisa levar blusa que não vai esfriar, e, aparecer no meio do expediente com uma blusa de frio e um pacote de bolachas porque acabou esfriando, e ela ficou com peso na consciência", "é acordar de madrugada para que eu não saia sem o café da manhã", etc.. Ser a minha mãe, me desculpem, é ser a melhor mãe do mundo!


Talvez eu não tenha conseguido me expressar como deveria, ou como queria. Mas esse é só um desabafo de amor. Um desabafo de dia das mães. Um dia das mães perto da minha mãe, com aquele abraço recheado de sentimentos bons, os mais puros e verdadeiros sentimentos. É só um texto para falar para todas essas mulheres, que elas nos ensinam a cada dia, não importam suas escolhas, não importam seus estilos, o que importa é que a cada minuto, a cada vez que pronunciamos a palavra MÃE temos a mais emocionante experiência de colocar em três letras tudo aquilo que queremos ser quando crescer: MÃE!

Nascemos para isso, e temos este privilégio. Vamos aproveitar cada dia ao lado de nossas mães, ou filhos. Para que assim consigamos ser seres humanos melhores, para ter um mundo melhor.

Beijocas, e Feliz Dia das Mães!